26.10.08

De quem é o Poder?

De quem é?
De quem é?
De quem é o poder?

Quem manda na minha vida?

De quem é?
De quem é?

Uns dizem que ele é de Deus
Outros, do guarda da esquina
Uns dizem que é do presidente
Outros, quem vem lá de cima

De quem é?
De quem é?

Quem inventou essa tara?
Uns dizem que ele é do povo
E saem pra trabalhar

Outros, que é dos muito loucos
Que não têm contas a prestar

Me dê poder e eu te mostro
O mais inteiro dos sonhos

Porque as verdades da vida
São sempre ditas na cama
É do ativo ou do passivo?

De quem é?
De quem é?

Às vezes você me domina
Pensando que eu sou teu dono
Às vezes você me dá nojo
Seguindo feliz o rebanho
Onde vai dar tudo isso?

Prender alguém ou ser preso
Quem é o mais infeliz?
Eu, dando ordem o dia inteiro?
E você, que nem sabe o que diz?
Me dê poder e eu te mostro

O mais inteiro dos sonhos
Porque as verdades da vida
São sempre ditas na cama

(Cazuza, George Israel, Nilo Romero)

12.10.08

Autoria Negada



Há verdades na internet?
Absolutas, não.
Vários poemas que circulam na grande rede são atribuídos a autores famosos, quando na verdade são de autores desconhecidos.
Talvez o mais famoso seja “Instantes” atribuído indevidamente a Jorge Luiz Borges.

O Jornal da Poesia explica alguns poemas de autoria negada:
“Instantes, o “Borges” que Borges nunca escreveu, foi usado pelo deputado federal Luiz Antônio Medeiros num cartão de Natal, reproduzido em pôsteres pelo dono do jornal carioca O Dia, Ary de Carvalho, citado como epígrafe no livro de poesia de Granadeiro Guimarães e encaminhado na semana passada ao jornalista paraibano Carlos Aranha, que o reproduziu em sua coluna diária no jornal Correio da Paraíba, de João Pessoa. Citado uma vez num artigo por Roberto Campos, provocou uma enxurrada de cartas ao economista.
Isabel Vieira e Laura Müller deram, em reportagem publicada pela revista Cláudia em dezembro de 1997, uma explicação plausível para o sucesso do poema: “seus versos falam de uma segunda chance na vida que todo mundo gostaria de ter”. Deram também uma pista para a origem da confusão com Borges: a verdadeira autora, a americana Nadine Stair, como ele, tinha 85 anos e estava à beira da morte. O poema, originalmente sob o título de Momentos, era uma espécie de testamento dela.
A viúva do escritor, Maria Kodama, contou, por telefone de Buenos Aires, que teve o cuidado de ir à Justiça deixar registrado que o texto não era da lavra de Borges e que ela, como sua herdeira, não receberá – nem quer receber – direitos autorais dele advindos. Fê-lo para evitar que sua verdadeira autora, a norte-americana Nadine Stair, venha a reclamar da falsa atribuição de autoria do texto a Borges.”



Texto completo em O Jornal da Poesia:
http://www.revista.agulha.nom.br/autoria.html

7.10.08

ETILÔMETRO

Matéria publicada no UOL:

“De Brasília (DF)
Para dar maior eficácia à lei seca nas estradas, em vigor desde 20 de junho, o Ministério da Justiça anunciou hoje (6) a destinação de R$ 70 milhões para compra de dez mil etilômetros - os bafômetros, equipamentos que medem o teor de álcool no sangue de motoristas, por sopro.Depois do impacto inicial da lei, o governo constatou que caiu o ritmo de desaceleração do índice de acidentes causados no trânsito por motoristas bêbados. Há sinais de acomodação num patamar elevado, na avaliação das autoridades.”
Texto completo: http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2008/10/06/ult4469u31564.jhtm


Como se observa, as coisas mudaram.
Bafômetro agora se chama “etilômetro”,
Omissão do governo se chama “sinais de acomodação num patamar elevado”.

O Brasil é o país da piada pronta mesmo.

5.10.08

A volta


Após tenebroso apagão, voltamos aos post´s.
Novo endereço e layout do blog, trabalho do compadre Smith, ficou bem legal.
Vamos recuperar o tempo perdido...
Por falar em tempo, os ares eleitorais aqui em Macapá confirmam a força dos clãs.
Filho de peixe... “tubarão”!
Para Prefeito, Camilo Capiberibe, ‘o filho’, disparou para felicidade de uns e desespero de outros que o comparam ao pai, João.
Para disputar o segundo turno com o filho do Capi, entrou Roberto Góes, primo do atual governador, Waldez.
Roberto carrega sobrenome e apoio de Waldez.
Passado e presente se enfrentam.
Minha esposa comentou que algumas pessoas chamam de “eleições chupeta”.
Os candidatos foram amamentados no berço com leite do poder.
Nasceram para isso: “papai quero ser político quando crescer”.
Exemplo maior é Câmara de Vereadores, dentre os vereadores eleitos, vários filhos de peixe.
Como se vê, no frigir dos ovos, o mais do mesmo.
Qual é o teu sobrenome?