9.3.10

Guns n' Roses


Sabe aquelas camisas indicativas de Show “eu fui”?

Pois é, a minha deveria estar escrita “eu fui, mas não vi tudo”.

Cheguei ao apertado Ginásio Nilson Nelson em Brasília/DF, próximo de 20horas. O ingresso era “Premium”. Bem localizado. Próximo ao palco. Não havia tumulto. O público bem tranqüilo. Expectativa de 13 mil pessoas.

Antes do Show do Guns, duas bandas: Khallice (local) e Sebastian Bach (sim, aquele).

A primeira tocava bem, mas, para mim, era desconhecida. Odeio comparações, mas parecia um som “Angra”. Sem André Matos, claro.

Já Sebastian chegou bem animado. Entre canções desconhecidas e aquelas de tempos longínquos, foi muito simpático. Não falou ‘stu bibaço’, mas arranhou um português extraído de uma‘cola’ no palco: ‘Tira o pé do chão” e “Hoje Brasília é a capital do rock n’ roll’. Um jovem senhor bem disposto para um público ansioso. Ele foi exemplo de disciplina.

Com o término dos Shows de abertura, começaram os problemas. Na verdade, os meus.

O atraso de Axl e o meu cansaço (leia-se: meu despreparo físico), foram determinantes para não assistir integralmente o espetáculo.

O Show começou poucos minutos após a meia noite. Ou seja: quatro horas depois de estar num local fechado e com cerveja quente. Meus pés doíam, e os músculos doloridos.

A megalomania do Show pirotécnico bem que contagiou parte do público. Não a mim, que faltava empolgação.

Mas, sinceramente, Axl Rose estava acompanhado de uma banda com músicos excelentes. A voz dele me surpreendeu. Pensei que estivesse pior, mas não. Ele deu conta do recado. “Chinese Democracy”, “Welcome to The Jungle”, “It`s So Easy”, “Live and Let Die”, entre outras, me acordaram um pouco. Afinal, eu estava presenciando o primeiro Show de uma banda internacional de minha vida.

Só que no meio do Show, minhas forças esvaziaram. Então me rendi e fui prá fora, respirar. Percebi que eu não estava sozinho. Outras pessoas sentadas no chão, como eu, esticavam as pernas, sonolentas, ao som de sucessos como “November Rain” e “Knockin'On Heavens Door”.

Voltei para ouvir as derradeiras canções. “Patience”, “Madagasgar” (excelente canção) e “Paradise City”.

O Show terminou com Axl se desculpando pelo horário. “Sei que as crianças têm de ir para a escola amanhã", disse. Ele provavelmente foi dormir.

Eu, de fato, acordei 7h para levar a minha filha na escola e em seguida fui trabalhar.

Desculpas são desculpas. A minha é que já não tenho mais idade para isso.

3 comentários:

Smith disse...

É tio Werlen, foran-se os tempos dos piseiros madrugada a fora, mas não desanime e vá se preparando pro show do pearl jam, quem sabe esse ano rola.

Unknown disse...

que experiência... fiquei empolgado e me cansei fisicamente só lendo esse relato. mas... antes isso do que nada... não?

Cris disse...

Pois pra mim tudo foi mágico...O esforço para estar lá e o desgaste físico valeram muito a pena. Ah, e é claro, a companhia de meus dois lindos guarda-costas foi decisiva para a sensação de bem-estar no momento. Que venha o Pearl Jam então...